Indetectável = Intransmissível

Brasil reconhece que HIV Indetectável = Intransmissível

O Ministério da Saúde do Brasil finalmente reconheceu a importância da expressão INDETECTÁVEL = INTRANSMISSÍVEL por meio de nota emitida pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais.

A nota cita e referencia as importantes evidências científicas que comprovam que pessoas que vivem com HIV (PVHIV), que mantêm boa adesão ao tratamento com medicamentos antirretrovirais adequados e atingem a carga viral indetectável¹ NÃO TRANSMITEM O VÍRUS para suas parcerias sexuais.

Apesar de o Brasil expor, desde 2013, em seus manuais e documentos oficiais que o tratamento contra o HIV pode ser usado como prevenção (TasP), o reconhecimento do termo I=I traz um posicionamento importante na luta contra o preconceito e a discriminação. O termo já foi reconhecido por inúmeros países e organizações, inclusive a ONU.

Segundo o Ministério da Saúde, “o reconhecimento do I=I pode gerar impacto positivo nas relações das pessoas que vivem com HIV, pois se contrapõe a conceitos passados de que todas as PVHIV são potenciais transmissoras do HIV por via sexual, o que está atrelado a estigmas e preconceito. Uma correta compreensão sobre transmissibilidade e intransmissibilidade tem efeitos positivos sobre o estigma e a autoestima, direitos sexuais e reprodutivos, testagem, vinculação aos serviços de saúde e adesão ao tratamento.

O Ministério lembra também sobre o impacto positivo da campanha I=I na adesão à terapia antirretroviral, uma vez que as PVHIV têm um incentivo a mais para aderirem ao tratamento, pois, além dos benefícios individuais do controle do vírus, ainda podem se relacionar sem as preocupações do passado.

Na mesma linha do post publicado no Super Indetectável, onde dizia que “negar que INDETECTÁVEL = INTRANSMISSÍVEL é negar um direito humano”, o Ministério da Saúde recomenda que profissionais de saúde de todo o país orientem a população sobre o I=I, como forma de enfrentamento do estigma, o preconceito e fortalecimento da autoestima e adesão das pessoas que vivem com o HIV.

¹.O medicamento antirretroviral contra o HIV impede a replicação do vírus no organismo do portador, fazendo com que o número de cópias do microrganismo reduza ao ponto de não poder ser contado nos exames conhecidos como Carga Viral. Costumamos dizer que uma pessoa está INDETECTÁVEL quando ela atinge este nível.

Fonte: Superindetectavel

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