Você conhece o preservativo feminino?

Talvez você já tenha ouvido falar sobre preservativo feminino, ou camisinha feminina. Mas já usou? Conhece alguém que usa? Já viu uma? Sabe como funciona? Já pensou em experimentar?

Com uso ainda pouco difundido entre as mulheres, o preservativo feminino chegou ao mercado brasileiro em dezembro de 1997, ano em que Anvisa aprovou seu registro para comercialização. Distribuído gratuitamente em todo o território nacional desde 2000.

O Brasil é o país que mais compra preservativos femininos no mundo, via governo federal. O Ministério da Saúde distribui por ano mais de 10 milhões de camisinhas femininas gratuitamente, para toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Parece muito, mas não é, se comparado à quantidade de preservativos masculinos distribuídos. Em 2016, só o Ministério da Saúde distribuiu gratuitamente 375 milhões de camisinhas masculinas. Isso sem contar o que foi comercializado em farmácias, lojas de conveniência e supermercados.

O preservativo feminino é bem maior que o masculino, pois envolve todo o colo do útero e os grandes lábios; tem cerca de 15 centímetros de comprimento e oito de diâmetro e possui dois anéis flexíveis. Um é móvel e fica na extremidade fechada, servindo de guia para a colocação do preservativo no fundo da vagina. O segundo, na outra ponta, é aberto e cobre a vulva (parte externa da vagina).

Ele é tão eficaz quanto a camisinha masculina, tanto como método contraceptivo como de prevenção da transmissão do HIV/AIDS, da sífilis, da gonorreia, do vírus zika e de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).

16/09 – Dia Internacional do Preservativo Feminino

A data foi criada em 2011, depois que organizações internacionais e ativistas de diversos países decidiram que era importante ter uma data para reforçar o uso desse insumo.

Meu corpo, minhas regras

Uma das grandes vantagens do preservativo feminino é ser um dispositivo de prevenção que está sob o controle da mulher, porque é usado no seu corpo e, por isso, dá maior autonomia às mulheres em relação às escolhas preventivas na sua vida sexual.

Contribui também para enfrentar os desafios na redução das desigualdades entre homens e mulheres, principalmente no que diz respeito ao acesso e poder de decisão frente aos direitos sexuais e os direitos reprodutivos.

Vantagens do uso do preservativo feminino

  • É resistente, confortável e mais fininho.
  • É antialérgico, feito de borracha nitrílica, podendo ser usado por pessoas alérgicas ao látex.
  • Pode ser colocado algumas horas antes da relação sexual.
  • Não necessita aguardar a ereção do pênis.
  • Por ser bem lubrificado, proporciona às mulheres maior conforto e prazer durante a relação sexual.
  • Algumas mulheres afirmam que sua utilização é prazerosa por ter um anel flexível que massageia levemente o clitóris.
  • O preservativo feminino também pode ser usado no sexo oral.
  • O preservativo feminino previne também outras IST.
  • Por que é importante falar sobre o preservativo feminino?Porque ele é cercado de muitos mitos e tabus. Por isso, é legal também abordar o tema sob a perspectiva de fazer sexo com proteção e com prazer, incentivando as mulheres a conhecerem o seu próprio corpo. Conversar sobre o uso do preservativo feminino também é importante por trazer para a discussão aspectos como a autonomia das mulheres sobre seu corpo e formas de vivenciar suas sexualidades.

    Os homens são parceiros fundamentais quando o assunto é a corresponsabilidade e parceria nas relações sexuais e na hora da escolha de métodos preventivos. Entretanto, muitos homens resistem a usar preservativo. Portanto, nem sempre essa é uma negociação fácil ou simples para muitas mulheres. Há ainda graves e crescentes relatos da prática de stealthing, quando o parceiro retira a camisinha sem consentimento durante o sexo. Por isso, o preservativo feminino é mais uma forma de prevenção que dialoga também com temas como autonomia da mulher sobre seu corpo e violência sexual.

    É necessário ampliar a oferta da camisinha feminina e a sua comercialização. Quanto maior o uso, maior o interesse da indústria em melhorar o produto, variar as opções e baratear seus custos. Essa é uma das razões, inclusive, para que o preservativo feminino custe até quatro vezes mais que o masculino.

    Fonte: Blog Saúde Ministério da Saúde

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